sexta-feira, 10 de julho de 2009

Na dúvida, pise fundo!!!

De vez em quando, saio da agência em que trabalho com os chefes, para alguma reunião ou cobertura de eventos. Na maior parte das vezes nossos destinos são fazendas do interior paulista ou leilões nos recintos de exposições da região. Até aí tudo bem, nada de mais. Porém, em uma dessas vezes, me lembrei da minha mãe, que desde cedo sempre me disse: nunca saia de casa sem dinheiro no bolso, você nunca sabe o que vai acontecer no caminho...
Eu explico. Uma belo dia, um dos meus chefes avisa que tínhamos uma reunião em Avaré, SP, que fica a pouco mais de 100 km daqui de Bauru. Como sempre, saímos correndo e atrasados, eram quase 10 da manhã. Geralmente, o pessoal das fazendas já providencia um almoço e fica tudo certo. Mas dessa vez contamos com a sorte e ela nos deixou na mão(primeira cagada do dia). Chegamos para a reunião era pouco mais de 11 horas. Como ninguém havia tomado café da manhã (segunda cagada do dia), estávamos com fome desde a hora em que saímos da agência. Na pressa, pegamos o material que precisávamos, não levamos água e sequer cogitamos parar em algum posto(terceira cagada do dia). Durante a reunião, conversa vai, conversa vem, eu impaciente, já que quando fico com muita fome, parece que minha capacidade de concentração e raciocínio somem num piscar de olhos. Depois de umas duas horas de conversa, reunião encerrada, os clientes se despedem e nós entramos no carro. Até aí tudo bem, pensei: vamos parar num posto, comemos alguma coisa e voltamos para Bauru.
Então, eis que o meu chefe começa: tô morrendo de fome, vamos achar um lugar pra comer.
Ótimo, pensei, eu também tô com fome. Mas nossa alegria durou pouco. Depois de olhar na carteira, ele vira pra mim e diz: Esqueci o cartão na empresa e tô sem cheque... Aí então, eu comecei a fuçar na minha bolsa pra ver se achava algum dinheiro... Nada, absolutamente nada. Também não tinha uma droga de cartão ou folha de cheque, estávamos totalmente zerados (cagada mor!!). Eis que meu querido chefe resolve acelerar para chegarmos o quanto antes `a agência, para podermos almoçar. Mal tínhamos saído de Avaré e a luz vermelhinha da reserva do carro acendeu. Agora, além da fome, ainda corríamos o risco de ficar na estrada, sem dinheiro e sem combustível, só esperando os urubus pra nos comerem vivos!!
- Mas Du, você não abasteceu o carro antes de sair?!?!?
- Eu não, achei que o combustível seria suficiente... (ele disse na maior calma e rindo)
- PQP, agora F****!!!
Aí não tinha mais jeito. A nossa maior dúvida era: acelerávamos mais para chegar logo, ou reduzíamos e rezávamos para que o combustível durasse até Bauru?
Com o pé pesado que ele tem e a fome apertando, meu chefe acelerou, enquanto a gente ia rezando pra que conseguíssemos chegar, nem que fosse com o cheiro do combustível. Nunca olhei tantas placas de distância na pista e nunca desejei tanto chegar em Bauru. No fim, conseguimos chegar, eram mais de 3 da tarde, corremos até a agência, pegamos o cartão e fomos abastecer para em seguida almoçarmos. Então, na hora de passar o cartão no posto, eis que o meu chefe vira pra mim e diz: Nossa, o outro cartão estava aqui o tempo todo...rsss.
Sinceramente eu não sabia se chorava, se voava no pescoço dele ou se ria. Na dúvida, respirei fundo, dei risada e falei: agora já foi, paga logo o frentista e vamos passar num McDonalds, que é o único lugar com "comida" a essa hora do dia.
Depois disso, nunca mais esqueci a lição: jamais saia de casa sem dinheiro ou cartão, principalmente se for viajar com o seu chefe atrapalhado e esquecido!!!

2 comentários:

glaucoviktor disse...

Repito, hiláaaaaario, hahahahaah!!! Precaução e um tantinho de caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Juízo!!!

Jullies disse...

Olha, se eu tivesse lembrado pelo menos do caldo de galinha nesse dia, acho que metade dos meus problemas teriam sido evitados... hahahahaha. Beijocas.